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Chorar não é só prantear, lastimar. É fazer música de qualidade, como faz o grupo feirense "Chorinho Entre Amigos". E chorar assim, entre amigos, com violões, bandolim e cavaquinho, vale a pena! |
Homem não chora! Essa máxima antiga já não faz sentido, porque chorar é algo próprio do ser humano, independente de sexo ou idade. Além do mais, chorar não significa apenas uma demonstração de tristeza. Chora-se também de felicidade, de alegria. E choro é a denominação de um ritmo musical legitimamente brasileiro, assim como o frevo pernambucano. Que se saiba, não há em outra parte do mundo ritmos similares a esses dois, salvo se, por conta da globalização, haja alguém os executando, o que não seria nada demais, assim como aqui se toca mambo, jazz, reggae, salsa e tantos outros ritmos que não são nossos.
Em Feira de Santana, o chorinho melodioso e "balançado" é bem representado pelo grupo "Chorinho Entre Amigos", que comemora cerca de três décadas de atividade, com três CDs gravados e muitas apresentações, não só aqui como em várias outras cidades. O grupo surgiu de forma natural no antigo bar do violonista Didi (João Dias), onde se reuniam amigos para "brincar", alguns tocando violão, cavaquinho e bandolim, outros fazendo ritmo com garrafas vazias, caixas de fósforo, tamborete ou o que encontrassem.