Dadinho foi reconhecido como o primeiro violeiro baiano, e Caboquinho seguiu o seu exemplo
Pai e filho, durante mais de 40 anos, com a viola nas mãos e rapidez de raciocínio, fizeram versos e enfrentaram desafios nunca antes experimentados por outros repentistas baianos. Aliás, com justiça, deve-se dizer que Dadinho foi reconhecido como o primeiro violeiro baiano, e Caboquinho seguiu o seu exemplo.
A difícil arte do improviso, do deslindamento do mote, da pronta resposta sem titubeio, ao som da viola, nunca teve forte presença na Bahia, embora fosse comum em outros estados nordestinos, como Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Ceará e Alagoas. Todavia, esse vazio foi preenchido a partir da década de 1950, quando Manoel Crispim Ramos - Dadinho resolveu empunhar a viola, deixando de lado o hábito do pandeiro e da palma de mão, que imperavam nos batuques e sambas de roda na zona rural de Serrinha e tinham presença significativa na bata do feijão, festas em louvor a santos, aniversários e outros eventos festivos.